Situado a nordeste do estado do Piauí, nos municípios de Piracuruca (71,85%) e Brasileira(28,15%) (oficialmente em Piracuruca), o Parque Nacional das Sete Cidades possui uma área de 6.221,48 ha com um perímetro de 36 Km.



O Parque foi criado com o objetivo de preservar ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação, interpretação ambiental, turismo ecológico e recreação em contato com a natureza.



A maior parte da flora encontrada no parque é típica de cerrado, com espécies como murici, cascudo, lixeira, bacuri, pequi e pau-terra, avistadas com facilidade. Nas manchas de caatinga encontram-se juazeiros, juremas, aroeiras e cactos, como o xique-xique e a coroa-de-frade.



Há manchas de matas ao longo do curso dos rios e das nascentes, onde são comuns o pau-d`arco e a embaúba. Nessas áreas crescem ninféias, plantas aquáticas que vivem nos espelhos d`água das piscinas e lagos naturais e que dão um toque especial à paisagem.

ONDE FICAR:
Dentro da Unidade de Conservação tem um Abrigo-Hotel com 12 apartamentos com ar e TV. Fora do parque também existem outras opções de hotéis ou pousadas.

INGRESSOS:
Os ingressos custam R$ 15,00, com desconto de 50% para brasileiros – R$ 5,00 Para visitar o parque o turista/visitante terá que contar com um guia condutor de visitantes, que cobra pelo serviço ao grupo de visitantes.

Mais informações pelo telefone: (86) 3343-1342.


COMO CHEGAR:
Da ENTRADA até o parque por Piracuruca são de 18 km pela PI-111 através do Bairro Guaraní seguindo até o portão do Parque; depois mais 5 km DE ESTRADA até a administração.


Para se ter acesso ao Parque, o IBAMA cobra uma taxa por pessoa e existem guias disponíveis para acompanhamento de carro e preço a combinar para seguir a pé por trilhas.









Na área do Parque existem várias formações rochosas, banhos, cachoeira, inscrições rupestres e diversos pontos de uma beleza exuberante e cercados de mistérios. É dividido em 7 cidades imaginárias cada uma com suas particularidades, veja:


Primeira Cidade:

Piscina dos Milagres: formada por uma das nascentes do parque; nunca deixou de jorrar, mesmo durante os anos mais difíceis de seca. As suas águas reservam um banho delicioso.
Pedra dos Canhões: parecem troncos de árvores petrificados, mas passam a impressão de que foram moldados em arenito.
Pedra da Gia: atrativo que lembra uma gia, com a boca aberta.Salão do Pajé: enriquecido por inscrições rupestres. Em cima do salão está o Dragão Chinês.Outros monumentos: Máquinas de Costura, Pedra da Cobra, Banco da Praça, Pedra da Ema, Serra Negra, Painéis de Inscrições, Arca de Noé...


Pedra da cobra



Pedra PORTAL dos DESEJOS

Segunda Cidade:


Arco dos Desejos ou Passagem dos Desejos: um dos atrativos mais fotografados de Sete Cidades, por ter a forma que lembra o arco francês. Pedra do Americano: em 1951, quatro americanos armaram barracas e mandaram que moradores cavassem a base de uma rocha, orientados por algumas inscrições em formato de seta, apontam para baixo. Os americanos não disseram o que levaram, mas no local foi encontrado restos de carvão. Dez anos depois, em 1961, os americanos retornaram ao local , mas o antigo IBDF já havia assumido o Parque, proibido qualquer tipo de escavação.Vista panorâmica: com 82 metros de altura, é o ponto mais alto de sete Cidades. De lá, é possível obter uma visão global de grande parte do Parque, com os blocos rochosos que formam cada uma das cidades.Biblioteca: atrativo que lembra um local de leitura, com livros e papéis empilhados.Pé do Gigante: um pé esquerdo marcado na rocha, com o detalhe de seus cincos dedos.Pedra do Falo: pedra com o formato do órgão sexual masculino.Outros monumentos: morro das Oliveiras, Pedra do Castelo, Igreja Velha, Soldado Velho, Teatro de Arena...
Pedra cabeça de Dom Pedro


Terceira Cidade:

Cabeça de Dom Pedro I: também bastante fotografada, pela impressionante aparência do perfil do rosto do imperador do Brasil.Três Reis Magos: atrativo que impressiona pela semelhança com os Três Reis Magos.Pedra do Segredo: lembra o órgão sexual feminino.Pedra do Beijo: duas rochas encostadas rosto a rosto, como se beijassem.Dedo de Deus: um menir apontando para cima, lembrando o formato de um dedo.Pedra do Pombo: atrativo que lembra um pombo pousando sobre uma rocha.Mapa do Brasil: diferentemente do mapa da Quarta cidade, aqui o atrativo se apresenta com as divisões dos estados.Cabeça do Preto Velho: uma cabeça de perfil, olhando para cima.Cara do Diabo: atrativo bastante interessante pela perfeição do perfil de uma pessoa olhando para baixo, onde há duas ondulações no alto da testa .Vale apenas notar os olhos, o nariz, a boca e a cabeleira.Pedra do Gorila: lembra um macaquinho batendo palmas.Pedra de Nossa Senhora: abaixo da Pedra do Gorila, atrativo que lembra Nossa Senhora na posição clássica de sua imagem, vista de lado.Passagem do Vento: um pequeno arco que dá acesso à gruta do Estrangeiro.Janela do Rei: segundo geólogo Reinaldo Coutinho, esse buraco serviu de orientação às civilizações megalíticas, que se utilizavam do sol para acompanhar as estações do ano.Pedra do Sacrifício: local onde os povos pré-históricos faziam suas orações e seus rituais. Há uma cena no filme " O Guru das Sete Cidades"(cópias extraviadas), dirigindo por José Pinheiro, onde a atriz Rejane Medeiros, nua, foi "queimada" em ritual.Curral dos Índios: formações circulares, com uma pequena passagem por onde os povos conduziam animais para abate ou aprisionamento.Gruta do Estrangeiro: considerada a maior caverna de sete cidades.Cara do Palhaço: atrativo que mostra um sorriso irônico.Outros monumentos: cavalo Marinho, Pedra da Pirâmide, Pedra do Cachorro e do gato, Tótem do sol...
Pedra mapa do Brasil
Quarta Cidade:

Gruta do Catirina: gruta onde morou José Catirina, o curandeiro de sete cidades.Archete: uma passagem que leva a vários outros atrativos. Observe as pinturas pré- históricas no lado esquerdo do Archete.Mapas do Brasil e do Ceará: são formados por abertura na rocha. De um lado, o mapa do brasil; de outro, o do ceará. Os mapas mudam na medida em que se atravessa uma pequena abertura. O acesso é feito pelo Archete.Outros monumentos: Cabeça de Águia, Pedra dos Dois lagartos, Pedra dos Dois Irmão, Leão Deitado.






Pedras com inscrições rupestres


Quinta Cidade:

Pedra do camelo: lembra a forma de um camelo dromedário, de apenas uma corcova.Furna do Índio: contém inscrições que lembram rituais de caça. Pedra do Rei: lembra um rei de costas, com seu manto e coroa.Casa do Guarda: atrativo que lembra um guarda de prontidão numa cabana, como se vigiasse a cidade.Pedra das Inscrições: contém pinturas pré-históricas.

Pedra do camelo


Sexta Cidade:

Pedra da Tartaruga: atrativo que lembra o casco de uma tartaruga.Pedra do Elefante: lembra um elefante com a tromba em destaque.Pedra do Cachorro: rocha com o formato do rosto de um cachorro.


Pedra do elefante


Sétima Cidade

Acesso permitido somente com autorização do ICM Bio. Uso para fins de pesquisa. Lá está uma reserva ecológica para preservação da fauna, flora e dos monumentos ricos em inscrições rupestres. A Gruta do Pajé tem muitas inscrições rupestres. Em cima dela há o Dragão Chinês.
Além das belas formações rochosa, também tem o Parque Cachoeira, animais silvestre, piscina natural, a 12 km de trilhas para treking, restaurante, hotel, etc:
Cachoeira: Não faz parte dos conjuntos rochosos, localizando-se próximo à Primeira Cidade. A sua altura é de 16,4 metros na primeira queda e 7,2 metros na Segunda. A escada tem 78 degraus até o lago.
As aves mais comuns: jacú, sariema, nambu (perdiz e pé vermelho), papagaio, pica-pau, sabiá, periquito, coruja, sericora (galinha d’água), aracoan, galo de campinha, canário e rolinha.
Os animais mais comuns: onça jaguatirica, onça maçaroca, veado, peba, tatu, mocó, guaxinim, raposa, gato maracajá e iguana.
As árvores e plantas mais comuns: cajú, faveira, jatobá, araticum, piqui, aromã (mama cachorro), macambira, gameleira, murici e tucum.




Fonte: Piauí Terra Querida








ECOTURISMO NO PARQUE NACIONAL DE SETE CIDADES - PIRACURUCA-PIAUÍ
FOTOS: CURIÓLOGO E COLABORADORES














































O PARQUE POSSUI UMA DIVERSIFICAÇÃO ANIMAL E NATURAL PRESERVADOS













MAIS SOBRE O PARQUE NACIONAL DE SETE CIDADES: 

O Parque Nacional de Sete Cidades, localizado no estado do Piauí, é uma coleção impressionante de monumentos naturais, sobre afloramentos de rochas do Neodevoniano (Fameniano). Os afloramentos podem ser reunidos em sete grupos, formando sete cidades. As cidades estão na extremidade meridional da Serra Negra.
O clima é agradável com temperatura média de 26o e um período de chuvas bem determinado que vai do fim da primavera ao fim do outono e que favorece a preservação das feições sedimentares. A vegetação de cerrado, escassa, ajuda a definição das estruturas internas e das sucessões verticais que permitem a interpretação de ambientes fluviais e deltaicos. Além disso, a topografia ruiniforme, esculpida pela água pluvial e pelo vento nos arenitos, gera feições dômicas ou em forma de torre em desfiladeiros estreitos, que sugerem formas de homens, animais e objetos. Estas formas estimularam a imaginação de diversos autores: Ludwig Schwennhagen, um historiador austríaco, descreveu Sete Cidades como uma antiga cidade fenícia, construída 3000 anos atrás; Erich von Däniken, jornalista suíço, imaginou-a como o resultado da visita de extraterrestres no passado.
 Pode-se notar, nas paredes abruptas dos afloramentos, em parte cobertas por uma pátina ferruginosa, inscrições em óxido de ferro, feitas pelo homem primitivo. A idade dessas inscrições ainda é polêmica. Alguns pesquisadores acreditam numa idade de 6000 anos, baseada no método radiométrico de 14C, enquanto outros consideram-nas de apenas 6000 anos de idade. Fortes (1996) interpretou-as como de idade pós-Colombiana, e considerou-as bem novas, feitas provavelmente no século dezenove. As inscrições são interpretadas como ilustrando procedimentos de caça e temas religiosos.
    Várias feições encontradas em Sete Cidades são também comuns ao Parque Nacional de Vila Velha, próximo a Ponta Grossa, Paraná. Vila Velha apresenta-se em sua maior parte com sedimentos fluidizados pelo fenômeno de escape d’água. A estrutura sedimentar mais comum é a laminação convoluta. Anéis de Liesegang e erosão alveolar são também freqüentes.
    Essas ocorrências parecem ser o resultado da construção deltaica sob condições periglaciais.
    Neste parque, encontram-se representantes típicos da fauna e da flora locais. Ele pode ser denominado como um tipo de cerrado, acompanhado de manchas de campos abertos inundáveis e matas ciliares. A fauna parece ser mais rica que a do cerrado típico, como conseqüência da presença de animais da caatinga e da floresta latifoliada. Por exemplo, o veado-mateiro (Mazama americana), da floresta latifoliada, a iguana (Iguana iguana), forma que se distribui também na Amazônia, e o mocó (Kerodon rupestris), roedor típico da caatinga, são também encontrados em Sete Cidades.

LOCALIZAÇÃO

    O Parque Nacional de Sete Cidades localiza-se na parte nordeste do estado do Piauí, pertencendo aos municípios de Piracuruca e Brasileira, entre as coordenadas 04o05’ e 04o15’ de latitude sul e 41o30’ e 41o45’ de longitude oeste. A área total é de 6.221 hectares.




ARCABOUÇO GEOLÓGICO

   Geologicamente, o Parque de Sete Cidades está localizado na bacia sedimentar do Parnaíba, uma das maiores bacias intracratônicas brasileiras, com 600.000 km2 de área. Esta bacia compreende uma pilha sedimentar que pertence majoritariamente ao Paleozóico, começando pelo Siluriano.
    As rochas do Devoniano incluem as formações Pimenteira, Itaim e Cabeças. De acordo com o mapa de isólitas de arenito da Formação Cabeças (Della Fávera, 1990), o parque está situado no flanco sul de uma cunha sedimentar arenosa, que vem de nordeste, no topo de uma seção datada como Neodevoniano (Fameniano). Segundo Caputo (1985), houve um evento glacial, reconhecido por diamictitos e pavimentos estriados, nesta seção e também na superior, pertencente à Formação Longá. Desta maneira, a área do parque é presumivelmente constituída por um tipo de sedimento periglacial.
    Sucessões verticais de fácies na área mostram sedimentos fluviais a deltaicos. A maior parte das sucessões são do tipo granodecrescente ascendente (fining upwards), como a que aparece na "biblioteca"(segunda cidade). Neste local, as porções basais são de arenito médio com estratificação cruzada acanalada. Segundo Fortes (1996), os canais correm numa direção que vai de sudeste para noroeste, a qual é a direção dominante de transporte na bacia. Na área dos "canhões" (primeira cidade), conglomerados seixosos, em estrutura acanalada, podem ser vistos na base de uma sucessão granodecrescente ascendente. Outras estruturas incluem a estratificação sigmoidal e climbing ripples, bem como silte apresentando laminação paralela.
Uma feição dominante nestas rochas é a de estruturas provocadas pelo escape d’água. Este tipo de deformação afeta principalmente os lobos sigmoidais. Provavelmente, o escape d’água ocorreu em função dos grandes volumes de sedimento depositados em curtos intervalos de tempo, o que é típico de áreas periglaciais, submetidas a inundações catastróficas.

HISTÓRICO

    A primeira referência histórica oficial de Sete Cidades é a comunicação feita pelo Conselheiro Tristão de Alencar Araripe ao Instituto Histórico e Geográfico, denominada de "Cidades Petrificadas e Inscrições Litográficas no Brasil", em 9 de dezembro de 1886. A primeira descrição de Sete Cidades foi feita pela Câmara Municipal de Piracuruca numa comunicação àquele Instituto em 1897.

    Em 1928, o historiador austríaco Ludwig Schwennhagen visitou Sete Cidades e descreveu-as como ruínas de uma cidade fenícia, fundada há 3 mil anos atrás. Nos anos 60, Erich von Däniken, no seu famoso livro "Eram os Deuses Astronautas ?" descreveu Sete Cidades como uma evidência da presença da inteligência extraterrestre na Terra. . Posteriormente, em 1974, o francês Jacques de Mahieu, considerou Sete Cidades como um estabelecimento fundado por vikings.

    O pesquisador piauiense Reinaldo Coutinho (Coutinho, 1997) analisa a história da descoberta de Sete Cidades, bem como trata das diversas teorias sobre o significado das cidades de Pedra e suas inscrições.

    O parque foi oficialmente criado pelo Decreto Federal no 50.744 em oito de junho de 1961.
DESCRIÇÃO DAS "CIDADES"
    Sete Cidades foi dividida em sete diferentes associações de afloramentos, denominadas de cidades.
Primeira Cidade

    A primeira cidade é caracterizada por feições diagenéticas conhecidas como "canhões", que são estruturas tubulares de arenitos ferrificados. Este produto diagenético é também conhecido como "rolos" ou anéis de Liesegang e consistem da migração do tipo cromatográfica de géis de hidroxido de ferro num meio permeável e anisotrópico, normalmente em arenitos fluidizados.

    Os canhões estão dentro de depósitos fluviais caracterizados por um truncamento basal e por conglomerados com estratificação cruzada acanalada numa sucessão vertical granodecrescente ascendente. A erosão acentua estas formas, que se destacam da rocha encaixante sob a forma de canhões.
Segunda Cidade

    Esta cidade é caracterizada por feições bastante interessantes. A primeira feição, que revela erosão alveolar, é chamada de "Arco do Triunfo". A erosão alveolar é produzida por escultura de arenito homogêneo, dando origem a feições semelhantes à vulva, que passam posteriormente a arcos.

    A partir do "Arco do Triunfo", podem ser vistas inscrições pintadas em cor vermelha, bastante vívida, numa mistura de óxido de ferro, óleo vegetal ou sangue animal. Sugerem impressões de mãos e foram pintadas provavelmente por índios da tribo Tabajara. De acordo com a datação radiométrica por 14C, teriam 6.000 anos de idade.

    A "biblioteca" é uma outra feição interessante. É constituída por uma superfície de erosão na base de um depósito de canal, formado por arenito médio com estratificação cruzada, a qual trunca arenitos finos e siltitos com estratificação plano-paralela. Esta estratificação plano-paralela lembra uma pilha de livros numa biblioteca. Vista do mirante, a estratificação plano-paralela é na realidade a porção distal de conjuntos de camadas com climbing ripples, que por sua vez constituem a frente de lobos sigmoidais (Della Fávera, 1984).
Terceira Cidade
    Nesta cidade, várias feições ruiniformes podem ser vistas, como o Dedo de Deus, a Cabeça de Dom Pedro I e a Cabeça de Índio. A cabeça de Dom Pedro I é novamente um contato erosional de uma feição do tipo fluvial, com areia média, com sedimentos mais finos.
Quarta Cidade
    As feições características desta cidade são o "Archette", onde sedimentos deformados pela ação de escape d’água e o "mapa do Brasil", figura desenvolvida sobre uma erosão alveolar que lembra o contorno do território brasileiro, podem ser vistos. Estas duas feições são o resultado da erosão alveolar que gera cavernas e arcos. A estratificação convoluta e acamamento fortemente distorcido são muito comuns nesta localidade.
Quinta Cidade
    Esta cidade é famosa por suas inscrições. Um desenho que é interpretado como definindo o ritual da caça e o destino final do homem tem servido como ícone para representar o Parque Nacional de Sete Cidades bem como seus municípios vizinhos. A interpretação mais corrente deste monumento é a seguinte: "o índio segue o caminho, persegue o animal, mata-o e oferece-o ao deus-sol".
Sexta Cidade

    A tartaruga e o elefante são as feições mais conhecidas desta cidade. Ambas são formas cobertas por polígonos, em sua maioria pentagonais, que normalmente intrigam o geólogo tanto pela sua origem como pelo seu processo de formação.

    Alguns geólogos acreditam que estes polígonos são uma herança de condições glaciais à época de deposição da areia. Fortes (1996) considera-as como fendas de contração, onde a água de chuva escavava polígonos escalonados. Na realidade, os polígonos são feições comuns em Sete Cidades e em outra localidade ruiniforme, os Alpes de Buriti, próximo a cidade de Picos, na porção centro leste da Bacia do Parnaíba.
Sétima Cidade
    Nesta cidade, a erosão alveolar e feições poligonais, já referidas, são as principais atrações. A Gruta do Índio é um bom exemplo da erosão alveolar, coberta por polígonos.
POLÍTICA DE CONSERVAÇÃO
    Os principais objetivos de controle da área são (Medeiros, 1998)
·         manter a área dominada pela vegetação de cerrado, com elementos de caatinga e floresta multifoliada, a sua diversidade ecológica, suas potencialidades e recursos genéticos;
·         manter a comunidade biótica representativa que originalmente ocorria nesta área;
·         preservar os monumentos geológicos e as belezas cênicas;
·         manter a produção hídrica;
·         preservar as pinturas rupestres e outros objetos de herança histórico-cultural;
·         proporcionar educação visando o respeito público ao meio ambiente;
·         possibilitar e fomentar a pesquisa científica e estudos gerais que sejam compatíveis com os objetivos do Parque; e
·         proporcionar serviços recreativos compatíveis com os demais objetivos do Parque.
    Como tudo o que existe no Parque pertence à comunidade, os visitantes não podem jogar lixos nas trilhas, estradas, mirantes e lugares de piquenique; estão proibidos de poluir e estragar solos e riachos; de arrancar plantas ou quebrar seus galhos; de fazer fogueiras ou acender velas para cultos religiosos fora dos lugares apropriados; de caçar ou perseguir os animais do parque; de fazer barulho excessivo, seja aos gritos ou ligar rádios e similares com volume alto; e de quebrar ou arrancar placas de sinalização.

AGRADECIMENTOSO autor agradece ao Geol. Hernani F. A. Chaves, Faculdade de Geologia, UERJ, que o acompanhou numa excursão fotográfica ao parque, em janeiro de 1999, o que propiciou interessantes discussões sobre a geologia e inscrições.

Meus agradecimentos são extensivos à Dra. Eugênia Medeiros, IBAMA, Teresina, que gentilmente providenciou documentos e regulamentos do IBAMA sobre o parque.

Agradeço também a Marcos Aurélio Furtado Coelho, ligado ao IBAMA, Sete Cidades, que nos guiou competentemente através do parque, em janeiro de 1999.

À pesquisadora Janaína Santos, da UFSC, agradeço pela lembrança de que as idades 14C referidas para as Sete Cidades não estão corretas, já que aparentemente  foram transferidos dados de outras localidades para esta.

Ao Geól. Marco André Malmann Medeiros e a Enga. Romana Begossi agradeço respectivamente pelo auxílio no preparo das ilustrações e pela correção de textos.




REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Caputo,M.V. 1985. Late Evonian Glaciation in South America. Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, 51:291-297, 1985.
Coutinho,R. 1997. Enigmas de Sete Cidades. Ideal, Piripiri, 78 p.
Della Fávera, J.C. 1984. Eventos de Sedimentação Episódica nas bacias brasileiras. Uma contribuição para atestar o caráter pontuado do registro sedimentar. In:  XXXIII Congresso Brasileiro de Geologia,33,Rio de Janeiro,1984, SBG. Anais:489-498, .
Della Fávera,J.C. 1990. Tempestitos da Bacia do Parnaíba. Um ensaio holístico. UFRGS, Porto Alegre. Tese de Doutoramento, 243 p..
Fortes,F. 1996. Geologia de Sete Cidades. Fundação Cultural Monsenhor Chaves, Teresina, 142 p.
IBAMA. 1979. Nac– Plano de Manejo – Parque Nacional de Sete Cidades. Brasília, 61 p.
Medeiros,E.S. 1998. Projeto de sinalização do Parque Nacional de Sete Cidades.  IBAMA, Teresina, 43 p.
Schwennhagen,L. 1928. História Antiga do Brasil – de 1100 AC a 1500 DC. – Teresina , Imprensa Oficial.


PARQUE NACIONAL DE SETE CIDADES ENCANTADAS





Terras das Sete Cidades Encantadas




Eram cidades fantásticas onde, à noite, os tangerinos perdidos encontravam abrigo e agasalho para serem devolvidos, de manhã cedo, à dura realidade das pedras. Assim é a lenda. A ciência não menos fantasiosa do Prof. Ludovico Schwenhagen afirma ter sido o lugar a sede de uma civilização pré-colombiana; Por lá andou Erich Von Daniken no rastro da semeadura dos navegantes cósmicos. Ali está ainda a gruta do Velho Catirina, bruxo bondoso que se transformou em tema-enredo de escola de samba. Desde junho de 1961, as “Sete Cidades da Piracuruca” transformaram-se em Parque Nacional, reserva ecológica e numa das maiores atrações turísticas do Nordeste brasileiro. 
O velho Catirina que morava numa gruta costumava dizer que ganharia um tesouro incalculável quem sonhasse três noites seguidas com o imperador Dom Pedro I; A demência do ancião tinha explicação – Ele era conhecido na cidade de Piracuruca como o velho doido que morava nas “Sete Cidades”, um local afastado da área urbana, no meio da mata fechada. A localidade tinha certa notoriedade devida sua constituição rochosa semelhante à organização de sete cidades de interior – daí o nome que resistiu através dos tempos.


A localidade “ Sete Cidades” é hoje, um parque nacional antes, administrado pelo Ministério da Agricultura, hoje, pelo Ministério do meio Ambiente. Foi criado pelo decreto nº 50.744, de 8 de junho de 1961. A área desapropriada tem 7.700 hectáres e fica situada entre as antigas datas Melancias, Bonsucesso, Boqueirão e Baixa Comprida. Desde 1961 ficaram terminantemente proibido a caça, a derrubada de matas e a subtração de quaisquer bens físicos naturais do ambiente demarcado.


O Parque Nacional de Sete Cidades está situado 71,85% no município de Piracuruca e 28,15% no município de Brasileira.


A ENTRADA por Piracuruca é seguindo até a ponte da Prainha pelo Bairro Guarani seguindo 18 km pela PI-111 até o portão norte de entrada do Parque; depois mais 5 km até a administração do parque. Existe restaurante e hospedagem para turistas na administração.

Foto: reprodução, Márcio Gomes


Para se ter acesso ao Parque, o IBAMA cobra uma taxa por pessoa e existem guias disponíveis para acompanhamento de carro e preço a combinar para seguir a pé por trilhas.

Foto: reprodução, Márcio Gomes



Na área do Parque existem várias formações rochosas, banhos, cachoeira, inscrições rupestres e diversos pontos de uma beleza exuberante e cercados de mistérios. É dividido em 7 cidades imaginárias cada uma com suas particularidades, veja:


Primeira Cidade:
Piscina dos Milagres: formada por uma das nascentes do parque; nunca deixou de jorrar, mesmo durante os anos mais difíceis de seca. As suas águas reservam um banho delicioso.
Pedra dos Canhões: parecem troncos de árvores petrificados, mas passam a impressão de que foram moldados em arenito.
Pedra da Gia: atrativo que lembra uma gia, com a boca aberta.
Salão do Pajé: enriquecido por inscrições rupestres. Em cima do salão está o Dragão Chinês.
Outros monumentos: Máquinas de Costura, Pedra da Cobra, Banco da Praça, Pedra da Ema, Serra Negra, Painéis de Inscrições, Arca de Noé...

Pedra da cobra


Pedra do Arco do Triunfo




Segunda Cidade:
Arco do Triunfo: um dos atrativos mais fotografados de Sete Cidades, batizado por ter a forma que lembra o arco francês.
Pedra do Americano: em 1951, quatro americanos armaram barracas e mandaram que moradores cavassem a base de uma rocha, orientados por algumas inscrições em formato de seta, apontam para baixo. Os americanos não disseram o que levaram, mas no local foi encontrado restos de carvão. Dez anos depois, em 1961, os americanos retornaram ao local , mas o antigo IBDF já havia assumido o Parque, proibido qualquer tipo de escavação.
Vista panorâmica: com 82 metros de altura, é o ponto mais alto de sete Cidades. De lá, é possível obter uma visão global de grande parte do Parque, com os blocos rochosos que formam cada uma das cidades.
Biblioteca: atrativo que lembra um local de leitura, com livros e papéis empilhados.
Pé do Gigante: um pé esquerdo marcado na rocha, com o detalhe de seus cincos dedos.
Pedra do Falo: pedra com o formato do órgão sexual masculino.
Outros monumentos: morro das Oliveiras, Pedra do Castelo, Igreja Velha, Soldado Velho, Teatro de Arena...
Pedra do Falo




Pedra cabeça de Dom Pedro


Terceira Cidade:
Cabeça de Dom Pedro I: também bastante fotografada, pela impressionante aparência do perfil do rosto do imperador do Brasil.
Três Reis Magos: atrativo que impressiona pela semelhança com os Três Reis Magos.
Pedra do Segredo: lembra o órgão sexual feminino.
Pedra do Beijo: duas rochas encostadas rosto a rosto, como se beijassem.
Dedo de Deus: um menir apontando para cima, lembrando o formato de um dedo.
Pedra do Pombo: atrativo que lembra um pombo pousando sobre uma rocha.
Mapa do Brasil: diferentemente do mapa da Quarta cidade, aqui o atrativo se apresenta com as divisões dos estados.
Cabeça do Preto Velho: uma cabeça de perfil, olhando para cima.
Cara do Diabo: atrativo bastante interessante pela perfeição do perfil de uma pessoa olhando para baixo, onde há duas ondulações no alto da testa .Vale apenas notar os olhos, o nariz, a boca e a cabeleira.
Pedra do Gorila: lembra um macaquinho batendo palmas.
Pedra de Nossa Senhora: abaixo da Pedra do Gorila, atrativo que lembra Nossa Senhora na posição clássica de sua imagem, vista de lado.
Passagem do Vento: um pequeno arco que dá acesso à gruta do Estrangeiro.
Janela do Rei: segundo geólogo Reinaldo Coutinho, esse buraco serviu de orientação às civilizações megalíticas, que se utilizavam do sol para acompanhar as estações do ano.
Pedra do Sacrifício: local onde os povos pré-históricos faziam suas orações e seus rituais. Há uma cena no filme " O Guru das Sete Cidades"(cópias extraviadas), dirigindo por José Pinheiro, onde a atriz Rejane Medeiros, nua, foi "queimada" em ritual.
Curral dos Índios: formações circulares, com uma pequena passagem por onde os povos conduziam animais para abate ou aprisionamento.
Gruta do Estrangeiro: considerada a maior caverna de sete cidades.
Cara do Palhaço: atrativo que mostra um sorriso irônico.
Outros monumentos: cavalo Marinho, Pedra da Pirâmide, Pedra do Cachorro e do gato, Tótem do sol...

Pedra mapa do Brasil




Quarta Cidade:
Gruta do Catirina: gruta onde morou José Catirina, o curandeiro de sete cidades.
Archete: uma passagem que leva a vários outros atrativos. Observe as pinturas pré- históricas no lado esquerdo do Archete.
Mapas do Brasil e do Ceará: são formados por abertura na rocha. De um lado, o mapa do brasil; de outro, o do ceará. Os mapas mudam na medida em que se atravessa uma pequena abertura. O acesso é feito pelo Archete.
Outros monumentos: Cabeça de Águia, Pedra dos Dois lagartos, Pedra dos Dois Irmão, Leão Deitado.



Pedra com inscrições rupestres



Quinta Cidade:
Pedra do camelo: lembra a forma de um camelo dromedário, de apenas uma corcova.
Furna do Índio: contém inscrições que lembram rituais de caça.
Pedra do Rei: lembra um rei de costas, com seu manto e coroa.
Casa do Guarda: atrativo que lembra um guarda de prontidão numa cabana, como se vigiasse a cidade.
Pedra das Inscrições: contém pinturas pré-históricas.
Pedra do camelo




                                          Pedra da tartaruga



Sexta Cidade:
Pedra da Tartaruga: atrativo que lembra o casco de uma tartaruga.
Pedra do Elefante: lembra um elefante com a tromba em destaque.
Pedra do Cachorro: rocha com o formato do rosto de um cachorro.
Sétima Cidade: reserva Ecológica para preservação da fauna, flora e dos monumentos ricos em inscrições pré-históricas. O acesso somente é permitido com autorização do IBAMA.
Pedra do elefante







Sétima Cidade:
Acesso permitido somente com autorização do Ibama. Lá está uma reserva ecológica para preservação da fauna, flora e dos monumentos ricos em inscrições rupestres. A Gruta do Pajé tem muitas inscrições rupestres. Em cima dela há o Dragão Chinês.
Além das belas formações rochosa, também tem o Parque Cachoeira, animais silvestre, piscina natural, a 12 km de trilhas para treking, restaurante, hotel, etc:
Cachoeira: Não faz parte dos conjuntos rochosos, localizando-se próximo à Primeira Cidade. A sua altura é de 16,4 metros na primeira queda e 7,2 metros na Segunda. A escada tem 78 degraus até o lago.


Cachoeira de Sete Cidades

As aves mais comuns: jacú, sariema, nambu (perdiz e pé vermelho), papagaio, pica-pau, sabiá, periquito, coruja, sericora (galinha d’água), aracoan, galo de campinha, canário e rolinha.
Os animais mais comuns: onça jaguatirica, onça maçaroca, veado, peba, tatu, mocó, guaxinim, raposa, gato maracajá e iguana.
As árvores e plantas mais comuns: cajú, faveira, jatobá, araticum, piqui, aromã (mama cachorro), macambira, gameleira, murici e tucum.

Fonte: Piauí Terra Querida - Enéas Barros






















FOTOS: CORTESIA: OZIEL MONTEIRO (O CURIÓLOGO DE SETE CIDADES)

HISTÓRIA E CULTURA

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